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QUAL A IMPORTÂNCIA DA NATUREZA E O QUE ELA REPRESENTA PARA NÓS?

  • Por: Marcos Garzon
  • 21 de abr. de 2017
  • 5 min de leitura

Marcos Garzon fala sobre a importância de guardar as nascentes e evitar os desperdícios de água, além de preservar as árvores.

Após a repercussão de um vídeo sobre o uso inconsciente de água potável, que veiculou na página da revista Tops, na internet e que alcançou cerca de 50 mil pessoas, procuramos o doutor Marcos Garzon para falar sobre a importância da água e o que ela representa para nós.

No vídeo, uma senhora, com uma mangueira e um rodo nas mãos, lavava com água potável a calçada, a sarjeta e parte da rua em frente a uma residência. Na descrição do vídeo, perguntamos se aquela ação era uma necessidade ou um desperdício. A maioria dos internautas, indignada, reprovou a ação. Uma minoria defendeu dizendo que a rua não deveria estar suja, e que os maiores desperdiçadores de água potável são os proprietários de grandes indústrias e não as senhoras que cuidam dos lares.

De acordo com Marcos Garzon, por causa da diminuição da vazão das fontes de água que o planeta tem sofrido, e Formosa não fica de fora, ambas as partes devem racionar água continuamente.

CONFIRA A RELEASE QUE O AMBIENTALISTA MARCOS GARZON DISCORREU PARA A TOPS

“A água, depois do oxigênio, evidentemente, é o segundo elemento mais importante da nossa existência.”

Antigamente, nós tínhamos muita água, que à primeira vista parecia que fluiria eternamente sem cessar. As águas de Formosa corriam soltas e podíamos gastar à vontade. Poucas pessoas diziam que precisávamos a necessidade de racionar.

Porém, os índices que apontam a escassez de água em Formosa são cada vez mais elevados. Em 1966, eu estive no Salto do Itiquira. A vazão da maior beleza natural de Formosa era enorme. Mas, quando vejo a atual vazão de água do referido Salto, temo que ela venha a secar. Há décadas, o Itiquira possuía o dobro da vazão de água que tem hoje. Quem conhece o Salto do Itiquira sabe muito bem essa realidade. Eu fiz uma análise do mais importante ponto turístico deste município e concluí que, se não houver uma intensa fiscalização, desde as nascentes até a queda da cachoeira, Formosa ficará sem um dos seus maiores patrimônios.

TEMOS A OBRIGAÇÃO DE GUARDAR AS NASCENTES E EVITAR OS DESPERDÍCIOS.

Formosa é abençoada por possuir o Salto do Itiquira, a Cachoeira do Indaiá, o Rio Bandeirinha, a Lagoa Feia, o Rio Paranã, o Córrego José Fagomes, o Buraco das Araras, entre outras maravilhas naturais. Mas, se a sua população não cuidar, certamente vai perder muitas das suas atrações. Portanto, a senhora dona de casa deve racionar. O empresariado deve racionar. O prefeito do município deve racionar, e sobretudo, proteger as nascentes de água. Se preciso com periódicas fiscalizações e aplicação de pesadas multas para quem desobedecer às leis que protegem os rios e as nascentes de água.

Não podemos aceitar e conviver com a falta d’água, como está acontecendo em vários municípios do Brasil.

Não podemos mais usar a água potável para lavar calçadas, ruas, carros, piscinas, construções, entre outras coisas. E não podemos aceitar que contaminem os nossos mananciais. Devemos vigiar rigorosamente e denunciar os esbanjadores. Além de preservar nossas nascentes, por exemplo, deixando os Buritis onde eles nasceram, porque onde tem Buriti tem água.

Outro ponto extremamente relevante: os agricultores precisam proteger as matas ciliares, deixar os rios fluírem, precisam ajudar na vitalização das nascentes e no reflorestamento das áreas de proteção permanente, porquanto onde tem água tem árvore, além de ter muitas vidas e riquezas. Essa é a troca entre os dois componentes que a natureza nos ofereceu. Façamos isso até que voltemos a ter água em abundância.

Que possamos viver protegendo todos os nossos mananciais e rios, viver defendendo a nossa sobrevivência em sociedade e viver para defender Formosa daqueles que, por dinheiro e poder, são naturalmente gananciosos e destruidores de tudo que é belo.

A importância das árvores em resposta às que foram cortadas da Praça Pau Ferro.

Recentemente, as árvores da Praça do Pau Ferro, em Formosa, foram cortadas. Uma atitude do Governo Municipal que causou, com razão, muita indignação nos formosenses. No entanto, essas duas árvores foram apenas uma minúscula porcentagem das inumeráveis árvores que têm sido cortadas para dar lugar ao pretenso desenvolvimento do homem. Marcos Garzon, que defende de longa data o plantio de árvores, deu a sua opinião sobre o fato. Confira a opinião do ambientalista escritor e se inspire para se tornar também defensor (a) da natureza.

Não é novidade que a árvore tem uma importância singular para o sistema respiratório do planeta. No entanto, parece que algumas pessoas esquecem desta máxima. Talvez, por ser discreta, muitos se esquecem de suas relevâncias. Mas quero aqui reforçar: a árvore libera uma série de combinações de elementos sensíveis e invisíveis que beneficiam todos os moradores que estão à sua volta, além de embelezar os ambientes.

E ainda só para recordar, uma árvore adulta, por exemplo, dá frutos, serve de sombra, de morada de passarinhos, refresca o ambiente, transpira água para a atmosfera, cria uma ambiência necessária para trazer as chuvas, dentre outros benefícios. Sendo assim, é de fácil compreensão que as árvores não devem ser cortadas. Porém, se não houver outra maneira, deve haver um plantio imediato de outras árvores nas proximidades de onde elas foram arrancadas. Isso para equilibrar o sistema daquela área.

Ao invés de cortar, o governo e a população devem plantar milhares de árvores por ano em sua cidade, a fim de que elas sirvam de “climatizadores” para os bairros. Diminuindo, desta maneira, a temperatura.

Especialistas dizem que o aquecimento global é irreversível - e que mais de 6 bilhões de pessoas vão desaparecer neste século por causa das reações do planeta está em colapso. Mas ainda há esperança! Por exemplo, do centro de São Paulo para o Bairro dos Jardins, que é um bairro extremamente arborizado, a diferença chega entre 8 a 12 graus a menos. Portanto, o caminho para o bem-estar comum é o plantio e não o corte.

Está é a hora de a população plantar mais árvores! Aproveitem os espaços vazios das calçadas e plantem um angico vermelho, pois ele é forte, tem vitalidade, e proporciona uma sombra grande. E também plantem uma mangueira, um ipê amarelo, um ipê roxo, um resedá, uma cássia, uma quaresmeira, uma manacá-da-serra, uma pata-de-vaca, enfim. É urgente a necessidade de plantarmos mais árvores em Formosa.

Essa questão de que, “vai danificar os cabos de energia elétrica”, não impede a arborização de uma cidade. Plantem árvores adequadas em todos os lugares que puderem. E evitem cortar outras árvores. Fazendo assim, Formosa ficará mais linda e mais protegida do aquecimento global generalizado.

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