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A IMPORTÂNCIA DO CIDADÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL DE FORMOSA-GO


Dr. Marcos Garzon - Revista TOPS

MARCOS GARZON FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO CIDADÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL DE FORMOSA-GO.

Tendo em vista, dentre muitos outros prenúncios que recebemos, as ameaças do desmatamento, o desperdício de água, a má administração dos resíduos sólidos, os diversos problemas sócios ambientais e a falta de infraestrutura que crescem e dificultam o desenvolvimento dos municípios, quem poderá combater essas ameaças e como, por exemplo, melhorar uma cidade como Formosa-GO?

Essa é uma pergunta relevante a qual fizemos ao ambientalista e escritor Marcos Garzon, que há 33 anos luta contra a degradação da Natureza e pela ambiência. Marcos nos respondeu prontamente e ditou as soluções com propriedade, dado a seus profundos estudos sobre o meio ambiente e desenvolvimento social que já ultrapassam mais de 3 décadas de extensa experiência. Confira a resposta do doutor Marcos Garzon:

Sabe aquele cidadão que só pratica coisas do bem e tem atitudes positivas, honestas e construtivas? Esse é o tipo de pessoa que poderá impulsionar um município como Formosa.

A participação desse cidadão é indispensável na melhoria e conservação do município para as gerações futuras. A atuação de cada indivíduo parece pouco no âmbito regional, porém, se todos se conscientizarem acerca dos níveis de consumo de produtos, água, energia, dentre outros, os resultados serão enormes.

O governo, a iniciativa privada e o terceiro setor precisam reconhecer que o cidadão tem importância singular para o desenvolvimento social e ambiental do município. Com pequenas atitudes o cidadão pode promover resultados também significativos em nível regional e até nacional.

Mas, por que o cidadão é tão importante para promover essas mudanças?

O cidadão é importante porque ele pode cooperar para a economia de água em cada residência, escritório, prédios comerciais, dentre outros. Cuidar de problemas hidráulicos e preocupar-se com as torneiras - se estão bem fechadas. E na disseminação da ideia da importância de reduzir os gastos desse rico recurso indispensável à vida.

O cidadão bem instruído é importante porque ele pode cooperar para que, em períodos ensolarados, se evite ligar luzes elétricas e motive a utilização da claridade oriunda do sol e propague essa atitude.

O cidadão é importante porque ele pode cooperar para a criação de áreas verdes no quintal e no bairro, além disso, produzir ações que contribuam para a recuperação das áreas degradadas nos centros urbanos.

O cidadão é importante porque ele pode cooperar para a atuação no envio de mensagens, e-mails, dentre outros, à empresas e instituições que estejam gerando algum tipo de poluição, tais como indústrias, empresas de ônibus e caminhões e também aos órgãos públicos que fiscalizam o grau de emissão.

O cidadão é importante porque ele pode cooperar para pedir junto à prefeitura, espaços culturais, como bibliotecas, pista de caminhada, centros comunitários, dentre outros. Além da observação no trânsito de veículos com altos índices poluidores. Na realização de protestos e denúncias nos meios de comunicação de massa (TV, rádios, jornais, internet, entre outros) nos casos de agressão e impactos ambientais.

O cidadão é importante porque ele pode cooperar para requerer, junto aos órgãos públicos ambientais, coleta seletiva nos bairros. Dentre muitas outras contribuições.

Mas, para isso, o cidadão deve ser respeitado, motivado e instruído. Quando os cidadãos forem reconhecidos de fato, muitos verão os resultados de suas colaborações. O nosso país jamais será o mesmo. Porém, o que ainda estamos presenciando é a antítese desse entendimento em diversos municípios. Porém, ainda há esperança. Exemplo disso é a cidade de Lucas de Rio Verde.

Lucas de Rio Verde é uma cidade relativamente jovem, tem cerca de 25 anos de idade. Ela foi fundada por imigrantes que vieram do Rio Grande do Sul e do Paraná, há mais ou menos 30 anos. Atualmente a cidade conta com 70 mil habitantes e tem uma qualidade de vida que é espetacular. Praticamente impossível encontrar no Brasil alguma cidade parecida com ela. O que aconteceu, na cidade, foi que nos últimos 20 anos um grupo de empresários, sérios e competentes, assumiram a prefeitura. É muito satisfatório ver como eles tratam o município, como se fosse uma empresa, com gestão, com indicador de qualidade, etc. Eles sim, administram a cidade com competência.

O resultado que você vê nas ruas é espetacular. Parece que você está na Dinamarca. É incrível! Todas as ruas asfaltadas perfeitamente, não tem um buraco. Jardinagem em todos os bairros, tudo com grama aparada. Inclusive nos bairros mais humildes. Ciclovia para todos os lados. Maravilhosos parques no meio da cidade. Lindas casas do programa Minha Casa Minha Vida, em que eles constroem para não deixar ninguém morar em favela ou na rua.

As escolas da cidade de Lucas de Rio Verde são de chorar, se compararmos com as de alguns municípios, de tão belas que são. Tem piscinas, ginásios com quadras de tênis, entre outras coisas. Uma estrutura maravilhosa. Lucas de Rio Verde possui os melhores índices do IDEB, que são os exames nacionais do Brasil.

A comunidade de Lucas de Rio Verde participa bastante das decisões. A política do município é de continuidade, em que um prefeito vai dando seguimento nas obras do outro para não deixar inacabado.

Então, basicamente, é um Brasil que funciona e está a “anos luz” de tudo aquilo que a gente vê nos jornais, daquelas porcarias todas que acontecem em Brasília.

Mais um exemplo de como é importante descentralizar os recursos públicos, que vão para Brasília e acabam afundando naquele “atoleiro de bandidos”. Os recursos têm que ir para as cidades, para as mãos dos cidadãos de bem, para a população, onde eles conseguem gerir melhor e acompanhar os trabalhos.

Muito bonito de ver um serviço público que funciona. Uma prefeitura eficiente voltada para atender a população e resolver as demandas. Realmente, Lucas de Rio Verde é uma cidade incrível!

Então, todas as transformações começam em casa, por meio dos cidadãos que nela moram. Se queremos uma Formosa melhor, um meio ambiente melhor, devemos nos empenhar para fazê-lo.

Os responsáveis pelas nossas cidades devem valorizar os pontos turísticos e criar uma variedade organizada de suas melhores riquezas naturais. Promover os centros urbanos com mercados, feiras e atividades ao ar livre, os quais contribuem para uma sensação de bem-estar e unidade. É o caso de Hong Kong.

Outra coisa importante, é a ideia de tornar, por exemplo, uma simples praça em uma extensão da sua casa, um espaço onde você pode se encontrar com amigos, tomar café, ler um jornal e brincar com as crianças.

Nossas cidades devem ser compactas, com espaços públicos e privados intercalados entre si. Elas devem ser planejadas para atender a todas as pessoas e isso inclui não pensar somente em ruas e viadutos para os carros, mas em harmonizar com outros meios de transporte. Dentre muitas outras possibilidades, ser uma cidade mais local. A arquitetura deve levar em conta as especificidades locais. Não queremos que todos os projetos sejam iguais em todos os lugares. A cidade precisa manter certas características tradicionais, como é o caso de Cambridge, onde muito dos seus castelos são feitos dos mesmos materiais, transformando-o numa tradição.

Para que tudo isso se torne possível, basta produzir uma cultura nos cidadãos dessa cidade e apoiá-los, motivando-os e inserindo-os na gestão da cidade.

Devemos apoiar, por exemplo, um dos mais importantes empreendimentos que está para ser levantado em Formosa-GO: o shopping Golden Mall, na saída sul. Quando construído, o shopping poderá trazer milhares de benefícios.

Existem muitos críticos que afirmam que Formosa não tem potencial para gerar demanda para um shopping center da capacidade do Golden Mall, que para ser construído seriam necessários mais de 200 milhões de reais. No entanto, esses mesmos críticos se esquecem que Formosa se encontra em uma região privilegiada, a qual possui um cinturão constituído por mais de 40 municípios. Tais como, Planaltina DF, Planaltina GO, Cabeceiras, Arinos, Buritis, Urucuia, JK, Boa Esperança, Distrito Bezerra, Crixalândia, Vila Boa, Santa Rosa, Maltizaria, São Gabriel, Água Fria, São João D’Aliança, Santa Maria, Alvorada do Norte, Flores, Buritinópolis, Alvoradinha, Simolândia, São Pedro, Mambaí, Damianópolis, Sitio d’Abadia, Iaciara, Alto Paraíso, Cormari, Teresinha, Nova Roma, Guarani, Estiva São Domingos, Ourominas, São Vicente, Divinópolis, Vazante Monte Alegre, Campos Belos, Posse, entre outros. Todos eles juntos somam mais de um milhão de pessoas. Possíveis consumidores que movimentariam extraordinariamente a economia da cidade de Formosa. Quantas famílias não seriam beneficiadas?

Somente com a construção deste shopping, o governo municipal de Formosa arrecadaria cerca de 30 a 35 milhões de reais por ano em impostos. O shopping também geraria mais de 900 empregos diretos. Uma obra dessa magnitude não pode ficar estacionada!

Logo, valorizar o cidadão e os seus empreendimentos para o desenvolvimento social e ambiental de Formosa-GO deveria encontrar-se entre as primeiras prioridades do governo de Formosa.

Então é isso pessoal. Se você gostou desse bate papo e gostaria de saber mais sobre os estudos do doutor Marcos Garzon, eu te convido a adquirir seus livros sobre ambientalismo e desenvolvimento social, são 105 livros. E também a segui-lo nas redes sociais.

Livro: Tarde Demais?, O Último Pedido, Marketing de Transformação para Sobrevivência, S.O.S Terra, O Pluriverso, Templo de Denderá, O Planeta Borrã, Buraco Negro, dentre outros.

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